quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Porque há aviões que têm que despejar o combustível em pleno voo ?



A ideia de um avião deixando cair milhares de litros de combustível em pleno vôo parece retirada de um filme de catástrofe, mas a verdade é que é uma manobra perfeitamente calculada, mas rara. Este interessante vídeo de Tech Insider repassa as razões pelas quais às vezes os pilotos tomam esta decisão. Derramar de propósito o combustível do avião é uma manobra conhecida como Fuel Jettison (Alijamento de combustível), e faz parte do procedimento de emergência quando o piloto precisa realizar uma aterragem súbita.

Por que os aviões às vezes derramam quase todo seu combustível em pleno vôo
Isto não se aplica em todas as aterragens de emergência, senão só as que são realmente urgentes, como pode ocorrer se de repente um passageiro tem um problema médico grave e pode morrer se não receber atenção médica imediata.

No fundo tudo é uma questão de soltar lastro. Um avião comercial médio pode levar em torno de 18.000 litros de combustível e essa é um carga que pesa toneladas. Esse peso extra faz com que o momento de tocar terra seja bem mais violento e incrementa muito o risco de acidentes durante uma aterragem de emergência. Normalmente, e se houver tempo suficiente, o piloto prefere realizar o que é conhecido como vôo sujo, incrementando a resistência aerodinâmica da aeronave e voando em círculos para queimar combustível. No entanto, há emergências em que não há tempo e há que desfazer do peso extra o mais rápido possível.

VÍDEO
O derrame de combustível é efetuado via algumas válvulas que desviam o líquido para a ponta das asas onde é pulverizado na atmosfera. A Administração Federal de Aviação tem suas próprias normas a respeito. Não pode ser feito a menos de 600 metros de altura, nem a menos de oito quilômetros de outro avião. Também não é permitido derramar o combustível sobre zonas habitadas ou massas de água, ainda que se a aterrissagem for extremamente urgente essa norma pode ser ignorada.

Ainda que derramar líquidos altamente concentrados e inflamáveis seja perigoso, a manobra é tão rara que não está entre as principais preocupações de agências ambientais.

VÍDEO

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