Preço da água em Lisboa aumenta cerca de 18 cêntimos para 85% dos clientes domésticos


Preço da água em Lisboa aumenta cerca de 18 cêntimos para 85% dos clientes domésticos


 O preço da água no próximo ano vai ter uma atualização média de 18 cêntimos para cerca de 85% dos clientes domésticos da EPAL, foi hoje anunciado pela empresa responsável pelo abastecimento de água à cidade de Lisboa.
Em comunicado, a EPAL avançou que o novo tarifário entra em vigor na quarta-feira, 01 de janeiro, mantendo, no entanto, tarifas especiais para clientes carenciados e para famílias numerosas.
“O novo tarifário para 2020 implica uma atualização média de 18 cêntimos por mês para um consumo médio mensal de 8 m3 (8000 litros) e um contador até 25mm”, pode ler-se no documento.
Segundo a EPAL, a empresa tem disponível a tarifa social da água destinada a clientes mais carenciados, que prevê descontos que podem ir até aos 93%, e uma tarifa familiar destinada a agregados familiares com cinco ou mais pessoas.
RCP // MCL
Lusa/fim

Tribunal decreta arresto de contas bancárias e empresas de Isabel dos Santos





www.tsf.pt 


A informação foi confirmada pelo Tribunal Provincial de Luanda. Empresária já reagiu.

O Tribunal Provincial de Luanda decretou o arresto preventivo de contas bancárias pessoais da empresária angolana Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo e Mário da Silva, além de nove empresas nas quais detêm participações sociais.

Um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola refere que o Serviço Nacional de Recuperação de Ativos intentou uma providência cautelar de arresto no Tribunal Provincial de Luanda contra Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário Filipe Moreira Leite da Silva.

De acordo com a PGR, Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos, e Filipe da Silva celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal.
A nota adianta que com a Sonangol foi constituída a sociedade Esperaza Holding BV, detendo a petrolífera 60% do capital social e a Exem Energy BV, empresa que Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário da Silva são beneficiários efetivos, com 40%.

Para a concretização do negócio, acrescenta o comunicado, o Estado angolano, através da Sonangol entrou com 100% do capital, correspondente a 193.465.406 euros, tendo emprestado à sociedade Exem Energy BV 75.075.880 euros, valores que até à presente data não foram devolvidos.

Segundo a nota, houve uma tentativa de pagamento da dívida por parte desses beneficiários em kwanzas, o que foi rejeitado porque a dívida foi contraída em euros e por constar do contrato uma cláusula que obriga o pagamento na moeda em foi feito o empréstimo.
"Por outro lado, para investir na empresa suíça 
De Grisogono - Joalharia de Luxo, os requeridos constituíram, igualmente, a sociedade Victória Holding Limited, cujos sócios são as empresas Exem Mining BV (de que os requeridos são beneficiários efetivos) e a Sodiam - EP, com participações sociais de 50% cada uma", lê-se no documento.

Nesse negócio, explica a nota, a Sodiam investiu 146.264.434 milhões de dólares, por intermédio de um crédito concedido ao banco BIC, mediante garantia soberana do Estado angolano, que continua a pagar a dívida "sem nunca ter recebido qualquer lucro até à presente data".

Com a realização destes negócios, o Estado angolano teve um prejuízo de 1.136.996.825,56 dólares, salienta a PGR angolana.

Da lista de empresas arrestadas constam o banco BIC, na qual Isabel dos Santos detém 25% das participações sociais, através da empresa SAR - Sociedade de Participações Financeiras e 17,5%, por intermédio da empresa Finisantoro Holding Limited de direito maltês, e a Unitel, com 25% participações sociais de Isabel dos Santos, através da empresa Vidatel, Limited.

O banco BFA, com 51% das participações sociais por intermédio da Unitel, na qual Isabel dos Santos detém 25% através da empresa Vidatel, e a ZAP Media, com 99,9% de participações de Isabel dos Santos, através da empresa Finstar - Sociedade de Investimentos e Participações foram igualmente arrestadas.

Na Finstar os requeridos são beneficiários últimos de 100% das participações sociais, na Cimangola II SA, Ciminvest - Sociedade de Investimentos e Participações, Isabel dos Santos e Sindika Dokolo são beneficiários últimos, na Condis - Sociedade de Distribuição Angola SA, Isabel dos Santos detém 90% das participações sociais e Sindika Dokolo 7%.

Também foram arrestadas as empresas Continente Angola, Lda, onde Isabel dos Santos é beneficiária última e a Sodiba - Sociedade de Distribuição de Bebidas de Angola, e Sodiba Participações, em que a empresária angolana é igualmente beneficiária última.
Relativamente às contas bancárias pessoais dos requeridos, o tribunal decretou o bloqueio nos bancos BFA, BIC, BAI e Banco Económico.

A PGR sublinha que para garantir o normal funcionamento das empresas, cujas participações sociais foram arrestadas a seu pedido, o tribunal indicou como fiel depositário os próprios conselhos de administração e o Banco Nacional de Angola.
"Importa realçar que a presente providência cautelar não afeta os postos de trabalhos das empresas supra referidas nem os compromissos por ela assumidos, pois visa apenas acautelar o cumprimento de uma obrigação", realça a nota.

(videos) - Manifestantes invadem embaixada dos EUA em Bagdá após ataques aéreos americanos no Iraque

US envoy reportedly evacuated as Baghdad protesters rally outside embassy amid fury over air strikes (PHOTOS/VIDEOS)

Manifestantes invadem embaixada dos EUA em Bagdá após ataques aéreos americanos no Iraque - relatórios
Dezenas de manifestantes iraquianos furiosos com ataques aéreos direcionados às posições do Hezbollah forçaram  caminho até ao complexo da embaixada dos EUA em Bagdád. Gás lacrimogêneo e sons de tiros foram relatados no local.
A multidão foi capaz de obter acesso a seções da zona verde fortemente fortificada, quebrando portas e câmeras de segurança na parede ao redor do edifício diplomático, de acordo com a Associated Press. A agência disse que houve um incêndio em uma parte do complexo e que pelo menos três soldados americanos foram vistos no telhado da embaixada. 
Colunas de fumaça escura podiam ser vistas subindo do complexo, enquanto os manifestantes agitavam bandeiras do Hezbollah e gritavam  "Abaixo, abaixo EUA!" , "Morte à América" e "Morte a Israel". 

: Just in - Reports that supporters are burning the back wall outside the embassy in 's green zone in , and are willing to storm inside the building to destroy everything inside.



Os guardas de segurança estacionados dentro da embaixada lançaram granadas de surpresa aos manifestantes do lado de fora do portão composto, disseram testemunhas à Reuters.
Um vídeo mostra soldados americanos amontoados atrás da recepção da embaixada, enquanto os manifestantes os filmam da janela.

: United States military stationed inside embassy reception as demonstrations against U.S. are ongoing in , Iraq.

Outro clipe mostra o pessoal de segurança, usando capacetes e mochilas, reunidos na área de recepção enquanto manifestantes gritam com eles pela janela.

Kataib Hizbulla militia and PMF protesters and U.S embassy guards are separated by a glass barrier

O enviado dos EUA ao Iraque, Matthew H. Tueller, foi evacuado da área, informou a Reuters.
O caos ocorre depois que os militares dos EUA atacaram os alvos do Kataib Hezbollah em Qaim, Iraque, e dois na Síria. Pelo menos 25 combatentes foram mortos nos ataques, afirmou a milícia Shitte, aliada ao Irão. 
O Pentágono culpa o grupo por ataques às forças da coalizão estacionadas no Iraque.
As greves dos EUA foram fortemente condenadas pelo primeiro-ministro iraquiano Adel Abdul Mahdi. Teerão descreveu os ataques como uma forma de "terrorismo" e negou qualquer envolvimento em atacar as tropas americanas no Iraque

www.rt.com


ENTÃO COMO É QUE É ? - Conselho de redação da RTP contradiz plenário de jornalistas e defende Flor Pedroso






Duas semanas depois da demissão da directora de Informação da RTP, Maria Flor Pedroso, a polémica sobre a alegada intromissão desta no programa Sexta às 9 continua a provocar uma divisão profunda na redacção da televisão pública: o conselho de redacção (CR) divulgou na noite de domingo uma deliberação em que diz que não deve ser “imputada qualquer acção ilegítima” à directora demissionária no caso da investigação do programa Sexta às 9 ao Iscem, onde Maria Flor Pedroso dava aulas.


Além de ilibar a directora e a sua adjunta, Cândida Pinto, o CR afirma também que “não foi apurada nenhuma evidência sobre qualquer tipo de interferência política na decisão da direcção de Informação de não emissão do programa Sexta às 9 durante a campanha eleitoral” para as legislativas.

Ou seja, com quinze dias de diferença, os membros eleitos do CR vêm dizer o contrário do que uma parte da redacção aprovou num comunicado saído do plenário realizado no dia 16 deste mês. Na altura, o plenário aprovou um texto em que dizia que a intervenção de Flor Pedroso no processo de investigação do caso Iscem configurava uma “violação dos deveres deontológicos dos jornalistas e de lealdade para com a redacção” da televisão. Esse comunicado foi votado por 63 jornalistas, o que representa um quinto da redacção.

A deliberação do CR com data deste domingo vai ser enviada à Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, que pediu explicações ao CR sobre o alegado incumprimento por parte da direcção de informação demissionária (composta por jornalistas) do Estatuto do Jornalista, nomeadamente dos seus deveres, em especial o de confidencialidade das fontes e de sigilo profissional. Poderá estar em causa a abertura de um procedimento disciplinar aos jornalistas, já que a Comissão da Carteira também pediu o comunicado do plenário.

Bom nome da redação

Sobre o adiamento da emissão do Sexta às 9 após as férias de Verão, além de concluir que não houve interferência política, o CR avisa que, a bem do “bom nome da redacção” da RTP, “torna-se imperativo que quaisquer alegações sobre esta matéria sejam comprovadas pelos seus autores, de forma irrefutável”.
Maria Flor Pedroso e a coordenadora do programa, a jornalista Sandra Felgueiras, deixaram no Parlamento versões contraditórias: a primeira alegou que a reportagem prevista sobre o negócio do lítio em Montalegre não estava pronta para ser emitida a 13 de Setembro (e também por isso o programa foi adiado para 11 de Outubro), a segunda contrapôs que estaria pronta para esse dia e que as peças do programa só ficam prontas no dia ou na véspera por não fazer sentido confrontar os visados com as questões um mês antes da emissão do programa.

O CR defende também que qualquer programa de jornalismo de investigação “não pode ficar dependente de constrangimentos de recursos humanos provocados pela sazonalidade”, e que deve ser feita uma “clarificação da linha hierárquica” deste tipo de programas (para preservar a “autonomia das equipas de repórteres") e se devem definir “linhas orientadoras”.
Acerca do caso Iscem, em que Maria Flor Pedroso terá aconselhado a directora do instituto (onde também dá aulas) a responder por escrito à equipa da RTP que estava a investigar um caso de alegada corrupção na instituição, o CR conclui que “não ficou demonstrada nenhuma intenção propositada por parte da directora de informação no sentido de prejudicar a investigação”.
Mas o CR deixa um “puxão de orelhas” a Flor Pedroso ao considerar que “deveria ter existido maior bom senso” da sua parte “quando questionou o Iscem com recurso a informação privilegiada, referente a uma investigação jornalística em curso”. 
“Afigura-se manifestamente desejável a existência de extrema prudência na abordagem de matérias sob sigilo profissional dos jornalistas, em particular nas situações em que possa vir a ser alegado um eventual conflito de interesses”, vinca o conselho de redacção.
O CR diz acreditar que o intuito da directora era “auxiliar a reportagem”, mas afirma que esta deveria ter avisado “imediatamente” a equipa do Sexta às 9 da sua conversa com a responsável do instituto.


Olhando para toda a polémica que envolve o Sexta às 9 desde Setembro, os membros do CR lamentam o “clima de conflitualidade” criado, pedem que se retome a “normalidade e tranquilidade fundamentais” para um jornalismo de serviço público e que estes diferendos sejam resolvidos dentro da empresa e que se evitem “indesejáveis fugas de informação” que se tornam “lesivas” para a redacção e para a credibilidade de toda a RTP.



segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Taliban criticam 'relatórios infundados' de planos de cessar-fogo




www.france24.com /en/20191230-taliban-slams-baseless-reports-of-ceasefire-plans-1



O Talibã negou na segunda-feira concordar com qualquer cessar-fogo no Afeganistão depois que rumores surgiram de um possível acordo que reduziria os combates após mais de 18 anos de guerra. 
Em comunicado divulgado no Twitter, o porta-voz oficial do Taleban disse que o grupo "não tem intenção de declarar um cessar-fogo".


Ao aparecer de várias reportagens da mídia americana sugerindo que o grupo estava pronto para anunciar uma trégua temporária, o porta-voz do Taliban, Zabihullah Mujahid, negou a "propaganda de alguns veículos" e de um cisma dentro do movimento sobre a questão do cessar-fogo. "Alguns círculos de inteligência estão utilizando a mídia em um esforço para gerar ansiedade, falso otimismo e sabotar o processo de negociações em andamento através da disseminação de informações enganosas", afirmou o comunicado sem fornecer mais detalhes. 


A declaração dos insurgentes ocorre quando as forças locais e internacionais se preparam para outro inverno sangrento em meio a renovadas negociações entre EUA e Talibã, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, interrompeu abruptamente as negociações no início deste ano, incluindo uma reunião planejada de Camp David , devido a ataques insurgentes. Embora as negociações de paz no Afeganistão não incluam o governo afegão, Trump revelou que a cúpula de Camp David estava marcada para incluir o presidente afegão Ashraf Ghani.


As negociações de paz entre o Talibã e os EUA foram retomadas em 7 de dezembro, após a primeira visita de Trump ao Afeganistão no Dia de Ação de Graças. “Nessa visita, o presidente Trump se reuniu com soldados dos EUA na base militar de Bagram. Essas negociações, que recomeçaram em 7 de dezembro, tiveram uma pausa novamente depois que a base militar dos EUA em Bagram foi atacada pelo Talibã. Então, por enquanto, a situação parece estar muito confusa no país devastado pela guerra ”, explicou Shahzaib Wahlah, reportando para a FRANCE 24 de Lahore, Paquistão

VÍDEO


As negociações, realizadas principalmente na capital do Catar, Doha, visavam permitir que os EUA começassem a retirar tropas em troca de várias garantias de segurança.

Trump está tentando reduzir a presença de tropas no Afeganistão, potencialmente antes mesmo de um acordo entre Washington e o Talibã ser cimentado.

Ataques diários, aumento do número de mortos civis
As negociações não viram uma redução da violência no Afeganistão, com os Taliban realizando ataques em todo o país praticamente todos os dias.


Na segunda-feira anterior, na província de Jowzjan, no norte do Afeganistão, o Taliban mataram pelo menos 13  pessoas das forças de segurança afegãs durante um ataque a uma milícia pró-governo, segundo um porta-voz da província.


Todos os dias os civis afegãos também continuam a suportar o peso do conflito sangrento. O país passou por um marco sombrio este ano, com mais de 100.000 mortos ou feridos na última década, disseram as Nações Unidas na semana passada.


Um registo da ONU sobre o ano passado  diz que o ano foi o mais mortal já registado, com pelo menos 3.804 mortes de civis causadas pela guerra - incluindo 927 crianças.


O Afeganistão também está passando  uma disputa política  depois das autoridades terem anunciado que nos resultados preliminares nas últimas eleições presidenciais colocavam o presidente Ghani no caminho certo para garantir um segundo mandato.

As autoridades eleitorais ainda não declararam os resultados como definitivos, depois de receber mais de 16.000 reclamações sobre as pesquisas, com a contagem final esperada nas próximas semanas.


O Taliban há muito tempo vê Ghani como um pateta americano e se recusou a negociar com seu governo, levando muitos a temer que a luta contra as forças afegãs continue, mesmo que os EUA garantam um eventual acordo com os militantes para se retirar.

(FRANÇA 24 com AFP)